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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

"Fazendo histórias no percurso da vida"









Um caso interessante ilustra, de modo perfeito, essa verdade. Certo funcionário de uma empresa tinha por costume cumprimentar atenciosamente o guarda, sempre que passava pela portaria. fazia questão de parar e trocar algumas palavras com aquele senhor. Certamente, perguntava acerca da família, dos filhos, comentava sobre o tempo, o fim de semana e assim era. Ao fim do expediente, nunca saía sem despedir-se. O guarda se sentia honrado por aquele homem, pois a maioria dos funcionários do quadro administrativo sequer dava um bom dia.

Certo dia, ao final do expediente, o homem resolveu descer até a fábrica para checar algo numa das câmaras frigorificas. Ao entrar na câmara fria, por descuido, fechou a porta e, de repente, viu-se em apuros, pois a porta só abria por fora. ele pôs-se a gritar e a bater na porta, na esperança de que alguém o ouvisse, mas os funcionários da fábrica já haviam ido embora. os minutos foram se passando em lenta agonia e o frio começou a fazer-se sentir de modo aterrador. pensamentos sombrios começaram a lhe ocorrer. Nesse ínterim, o guarda começa a se perguntar porque o amigo não havia passado ainda pela portaria. quando chegou o cumprimentou com o "bom dia" de sempre, mas não haveria se despedido? teria ido embora sem se despedir? talvez estivesse com pressa... O tempo passa e as conjecturas continuaram a incomodar o guarda, que, por fim, resolveu dar um pulo no escritório. Todos haviam ido embora e nem sinal do amigo.

A essas alturas, já preocupado, começou a procurar com mais urgência. O amigo não teria ido embora sem se despedir-se. Ele jamais fazia isto. Certamente, ainda estava na empresa em algum lugar. De repente se viu empreendendo uma busca, visitando todos os recintos da empresa. Certamente, revistou o prédio da administração, até dirigir-se a fábrica. Onde poderia estar o amigo?

Pode ser que tenha, por alguns instantes, achado que estava se preocupando sem necessidade, mas uma certa angústia o incomodava. Após procurar em todos os cantos, ocorreu-lhe procurar também nas câmaras frigorificas. É possível que tenha se sentido tolo por um momento, mas resolveu abrir câmara por câmara, quando, apara seu espanto e alívio, encontrou o amigo já quase desfalecido. 

Extraído do livro: "O segredo dos campeões" 
(Luis Leite)

As pessoas com quem convivemos podem salvar nossa vida, simbólica ou literalmente. Podem também tornar nossa travessia mais ou menos suave. Certamente, Jesus se refere a isso, quando nos chama a atenção quanto à famosa regra de ouro: 

"Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas" (Mt 7:12). 

Ilma Mota